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Porque nem tudo o que luz é ouro e nem tudo o que brilha é prata...
A minha vida deixou de me pertencer.
É um facto incontornável.
Se por um lado me deixa um "tantinho" angustiada, por outro, e tendo em conta as circunstâncias, chego à conclusão que afinal padecia de uma extrema arrogância em relação à vida em si.
Não escrevo isto com mau humor, nem com mágoas. Constatei um facto. A minha vida não me pertence apenas a mim. Eu controladora e manobradora, que pensava estar no topo da "cadeia" pessoal que era a minha vida...Como as pessoas se enganam.
Afinal, eu que odeio que me subestimem, acabei por cair no erro crasso de subestimar tudo.
É engraçado vivenciar este tipo de coisas, e constatar que afinal, uma doença tem mais mais poder sozinha sobre nós, do que todo um conjunto de circunstâncias.
A doença do meu pai, acaba por si só, ser também uma grande lição de vida...Nestes últimos onze meses, aprendi tanto, mas tanto, que juro, por vezes chego a sentir-me centenária...
O estado do meu pai agravou-se durante esta noite.
Certezas não há, nem podem haver tendo em conta que o meu pai é um doente atípico...No entanto, em amena cavaqueira com a extraordinária equipa médica que o segue, não gostei do tom evasivo com que me tentaram iludir.
A única certeza é a de que amanhã o seu segundo neto fará dezassete anos, e muito sinceramente, não queria nada que recebesse por presente a perda definitiva do avô que o ajudou a criar...
A vida é uma caixinha de surpresas, não acham?
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