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Porque nem tudo o que luz é ouro e nem tudo o que brilha é prata...
E dou por mim, a vaguear por Lisboa, no caminho para casa...
Ou melhor, dou por mim a mentir piedosamente e a rezar a todos os santos automobilísticos, para que não se fura-se nenhum pneu ou avaria-se o carro, apenas e só, porque me apeteceu fazer o caminho de casa, com uma passagem por dentro do hospital...Shame on me...
Ainda não percebi se foi por puro egoismo ou um ataque extremo de insanidade...
Aquela hora era impossível visitar o meu pai, ele não está perto da janela, logo, não me veria a passar, e o mais estranho, ele jamais pensaria que o fizesse...Mas fiz. Quanto mais não fosse para aplacar estes amigos imaginários que me atormentam, fiquei recentemente a saber, que se chamam consciência e, têm vários níveis de interacção comigo...Acho que foram aplacados. No momento em que atravessei o hospital, senti uma serenidade e paz, que se não fosse o facto do tamanho da transgressão que estava a cometer, teria estacionado e fumado um cigarro...Só para estar ali mesmo sem ele saber...Ele não sabia, mas sabia eu. E isso bastava-me.
E de resto tudo na mesma.
Cada dia descemos mais um degrau, cada dia estamos mais cansados.
Ele com um aspecto caquéctico, nós com esta vida de vai-e-vem que não pára. Nem para dormir. O Morfeu não parece querer interagir com os membros desta família...Acho que nos entende como um sub produto da raça humana, logo, nada convidativos para si. Que seca.
Fomos abandonados por tudo, pela fé, pela esperança, e agora vejam bem, até pelo desgraçado do Morfeu...
Oh vida...
(Valha-nos Nossa Senhora dos Soníferos!...É isso.)
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