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Porque nem tudo o que luz é ouro e nem tudo o que brilha é prata...
Se há coisa de que me orgulho é de ser mãe.
Não entendo certo tipo de "mãezinhas", que abandonam os filhos, que os têm porque sim. Não sou nem mais mãe, nem menos mãe, nem pior ou melhor do que as outras mães. No entanto para mim os meus filhos são o meu mundo.
Penso que não os sufoco. Deixo-lhes a rédea solta, para que possam desenvolver as suas personalidades distintas, mas sempre atenta. Também não os deixo pensar que a nossa relação é tipo "mayuia"! Ah não...Se vivemos em democracia, eles sabem bem, que quando excedem os limites, sou uma verdadeira tirana...
Já perdi quatro filhos. Todos eles amados e desejados, no entanto se partiram, foi porque no céu precisavam de mais estrelas...Eu sei, estou a contradizer-me. Mas quando se atinge um estado de quase loucura, a algo temos de nos agarrar.
Se um dos meus dois filhos estivesse prestes a morrer, enlouquecia. No entanto entre vê-los a sofrer, ou "desligar" a ficha e deixá-los partir em paz, a segunda hipótese era sem dúvida a vencedora...Se houve coisa que aprendi logo na primeira perda, foi de que os filhos não são nossos, são anjos que nos emprestam...
Pelos meu filhos sou literalmente, capaz de tudo...Até de ler cartas de despedida em leitos de morte...
Teve de ser. Como ia negar ao meu lindo filho mais velho este desejo, quando ele não foi capaz?
Não podia. Não tinha como.
Foi difícil...Muito difícil. Talvez das piores provações que tive de suportar, para mostrar ao meu filho, que o meu amor por ele é incondicional, irracional e infinito...
Não creio que o pai dele me tivesse ouvido, acho que nem sequer se apercebeu de que estava lá, no entanto está lida a carta de despedida.
Hoje dormi...E espero que os pesadelos que têm assombrado o meu filho, pelo menos esta noite lhe tenham dado tréguas...
Mais um dia passou para os nossos doentes terminais...E mais um dia passou também para esta família...
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