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Porque nem tudo o que luz é ouro e nem tudo o que brilha é prata...
Ora então cá estamos nós. Eu estou.
Este tempo que passou teve de tudo.
Novos projectos profissionais, novos caminhos, novos amigos, acidentes de carro, novas condições de saúde...Uma montanha russa tal, que até parecia a vida!
E foi. Foi o chegar ao auge da carreira, foi o ter de abdicar da profissão, da vida, dos amigos... Foi a loucura!
Diz que ambicionei demais, trabalhei demais, fui amiga demais, fui “chefe” demais, fui mulher demais... Mas se não fosse assim não tinha piada, porque por vezes temos de “take a walk on the wild side...”
E diz-se que o melhor está para vir...
(e se vissem agora o meu ar de escárnio e a revirar os olhos..)
Bom, o melhor para mim é reaprender a viver. (Este “assunto” fica para outro post)
Por grande “pressão” da minha “terapeuta”, fui coagida a recomeçar a escrever. Diz que é bom para a “limpar e exorcizar” a alma...
E cá estou eu.
Com pelo menos um post por dia.
Como forma de “terapia”... Porque o importante é falar sobre o que interessa... o resto, bem o resto é como eu digo: “ se não te acrescenta, não te faz falta...”
sei lá.
Até podia ter alguma coisa a ver com o filme, mas não tem.
Primeiro porque esta pessoa viu o filme e não achou piada. Adiante.
Vou mudar de vida. Pois é pessoas. Farta de ir em carneiradas, farta sobretudo de trabalhar com pessoas cujo profissionalismo é igual a zero. Não dá. Pelo menos para mim, que acho que nos devemos entregar, ser profissionais, estar por inteiro no mínimo que façamos, como dizia o "tio" Fanocas.
Estou expectante, no entanto, já não tenho idade nem paciência para me deixar iludir.
Foi sem dúvida a entrevista mais longa e atípica que tive. Entrei literalmente a matar. "Olhem, eu tenho mau feitio, sofro de uma gravíssima incontinência verbal, portanto se me querem contratar eu sou assim..." E fui contratada. Na hora! Ainda fiquei na dúvida se não me iriam expulsar do local, ou chamar a segurança para me expulsar! Parece que estas pessoas são tão loucas quanto eu.
De resto, bem, de resto já tive de lidar com os olhares de soslaio dos ainda colegas e patrões, com as conversas à boca pequena, com a curiosidade encapotada de quem quer saber e nada sabe. O costume em pessoas cuja inteligência ficou na barriga das mães. Se querem saber perguntem. No entanto fica o aviso, só respondo se quiser.
E de maneiras que esta vida cá vai andando. Agora melhor.
E digam-me pessoas;
há lá coisa mais maravilhosa nesta vida, que andarmos felizes e descontraídos da nossa vida, a "tatarinhar" num local público qualquer, e andar uma criança histérica num berreiro infernal, a "tatarinhar" também?
(e eu como pessoa de excelente coração que sou, dou por mim a pensar, "se os teus paizinhos não te calam NESTE MOMENTO, juro, mas juro pela minha honra, que vou ali comprar fita cola larga e te amordaço!!!")
É só de mim que sou uma cabra sem sentimentos por petizes histéricos, ou mais alguém fica tão atacado dos nervos quanto eu ao ouvir crianças histéricas que nem nos deixam ouvir os nossos pensamentos?
(Atenção! PC querido desta vida resolveu escrever sem acentos, pessoas analfabeta funcional como sou, não sei que botão premir para que eles retornem, desculpem lá qualquer coisinha.)
Não gosto muito de me envolver em polémicas.
Andar nas redes sociais a espalhar o "fundamentalismo" da linha de pensamento "EU SOU CONTRA A VINDA DE REFUGIADOS PARA O MEU PAIS", e assim uma coisa que me deixa os nervos muito atacados...
Ponto 1- Sei que a boa vontade dos nossos caríssimos governantes, não passa de mera estratégia politica. Diria mais, hipocrisia na sua mais pura essência.
Ponto 2- Temos efectivamente de começar por "arrumar" a nossa casa, e depois sim, acolher quem realmente precisa de ajuda. Mas os nossos evidentemente, deveriam estar primeiro.
Ponto 3- Poderia agora começar a desfiar o "rosário" de como fulano ou sicrano, ou ate eu um dia, necessitei de ajuda daqueles a quem pago o ordenado e me negaram, por não ser suficientemente pobre, ou não estar suficientemente andrajosa, ou não preencher os "requisitos" de pobreza impostos...
Ponto 4- Acredito que, como em tudo, naqueles grupos de refugiados, se misturem pessoas boas e pessoas menos boas. Como em todo o lado.
Ponto 5- Nos achamos que são fundamentalistas armados, preparados para nos matar e exterminar tudo e todos. Já pararam para pensar que seguindo certas linhas de pensamento, como por exemplo, "vamos as armas e matamos todos!" estamos a ser exactamente iguais a alguns deles?
Ponto 6- Também acredito que não a dar tudo de mão beijada, que estas pessoas irão conseguir chegar a lado nenhum. Se não tentarmos ensinar, educar, ninguém esta disposto a aprender, seja ideologia, profissão, o que for.
Eu deverei andar cá para ver o que esta "novela", ao bom estilo português, vai dar... Quanto muito vai dar muita dor de cabeça, a estes nossos governantes que querem tanto "parecer" bem na fotografia e invariavelmente acabam por "borrar" a pintura toda.
O meu Sensei, Luis Tavarez, pediu para fazermos um vídeo a explicar o que o Kempo trouxe e significa para a nossa vida. Bem, não sou muito boa nestas coisas de vídeos, até porque, para alguém que sofre de uma extrema incontinência verbal, fazer um vídeo significa ter muito trabalho na edição, e muito “piiiiii” à mistura, lol
O que vos posso dizer...
O Kempo entrou na minha vida pela mão dos meus ricos filhos. Primeiro eles, depois o Senhor marido... Ao inicio achava aquilo uma descarga de testosterona, ricos filhos e marido ,ali, largados no meio do Dojo a levarem porradinhas com fartura... Primeiro estranha-se, depois entranha-se... Com o passar do tempo, achei que devia experimentar. Porque não? Apesar das limitações físicas, apesar das dores constantes, apesar do Lúpus... Porque não? Arrisquei e lá fui eu! O primeiro treino acabou comigo, confesso...Descobri músculos que nem sabia que tinha! Ah, pois pessoas... Depois, bem depois foi uma questão de determinação e atitude. Como para tudo na vida. Apesar de ser uma das mais velhas dentro do Dojo, não me considero menos capaz. Pelo contrário. Se eles conseguem, eu também hei-de conseguir! E consigo. Óbvio que há dias em que eles tentam ensinar, e a minha cabeça e corpo teimam em não seguir o ritmo imposto... Se é difícil? É. O Kempo não é para fracos! Experimentem, com o corpo dorido e a coluna cheia de próteses “encher” 50 flexões sem parar...é o desespero. Mas quando temos determinação e atitude, só não faz quem não está disposto a fazer. Além da auto estima ao rubro, o meu corpo mudou. As dores aguentam-se melhor, a cabeça está mais focada. O Kempo é isso tudo e muito mais. Para mim não é apenas uma arte marcial. É um estilo de vida, é o respeito ao próximo, é a superação.
Foco, força e fé.
Aos meus colegas, e ao Sensei, só tenho a agradecer por tudo, e pedir paciência...Não aprendo ao ritmo deles, mas vou chegar onde eles chegam...
Para os que ficaram curiosos, e queiram ver o que é o Kempo, estamos às 3ªs e 5ªs entre as 19:15h e as 21h. Na Avª Cidade de Luanda nº35, 1800 Olivais Sul, Lisboa. Apareçam e mudem a vossa vida!
OSS
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